Entrevistas


                                                              Floreios e Borrões
http://adpiagge.blogspot.com.br/2012/05/bate-papo-literario-1-alane-sa-brito.html

1- Quando você decidiu ser escritora?

Na verdade isso só se deu quando eu tinha uns quatorze anos, quando depois de um tempo sempre imaginando histórias me dei conta de que eu poderia ver e rever quando eu quisesse se passasse para um papel. Então comecei a fazer histórias em quadrinhos de uns super-heróis que inventei. Só depois é que surgiu o interesse de fazer disso algo mais sério e criei meu primeiro livro. Detestei esse! (risos) Mas não desisti e procurei amadurecer mais essa ideia. Daí foram surgindo naturalmente.

2- Quem é Alane S. A. Brito?

Pergunta difícil essa... Nunca soube responder ao certo. Bom... Primeiramente, sou baiana, casada, tenho uma filhinha de quatro anos, sou muito tímida e com muita coisa na cabeça! Acho que a dificuldade que tenho em me expressar acabou aumentando esse desejo de passar, de uma alguma forma, tudo para as minhas histórias. Tenho uma certa fixação por personagens, exagerada até. Amo chocolate, séries, livros (claro), desenhar, desafios... Enfim, como eu sempre digo, minha vida não daria um livro muito interessante (risos).

3- Fale sobre "O TRIO".

Bom... O TRIO é a história de três amigos que vivem numa vila bem distante de tudo. Apesar disso, da simplicidade de suas vidas, como todo mundo, além dos bons momentos, também sofrem por paixões não correspondidas, desilusões, tragédias... Davi Guerrato, um dos três amigos, é quem narra a história para um garotinho quando volta a vila dez anos depois de uma difícil experiência. Os três têm uma relação muito forte e a todo tempo precisam provar a eles mesmos o grau dessa fidelidade, especialmente pelo fato de um deles ser odiado por quase todos na vila porque ocorrem situações em que o acusam de ser o responsável. Ao mesmo tempo em que Davi se aflige por um amor de infância que tem que dividir entre os três, ele luta para tornar a vida desse amigo menos sofrida. Até que a vila é invadida por homens violentos e eles têm que lutar por sua vidas e levar ajuda aos sobreviventes que ficaram aprisionados. É uma história que fala de perdão, força, amizade, com aventuras, romances; escrita de uma maneira simples e de fácil interpretação.

4- Quais são seus personagens favoritos, e quanto tempo durou o processo de criação deles?

Eu prefiro não dizer qual o favorito para não influenciar ninguém... Gosto dos principais, digamos assim. Não demorou muito para cria-los, porque quando imagino a história sempre penso automaticamente nos principais e a personalidade deles acaba surgindo enquanto estou escrevendo. Claro que imagino primeiro se serão calmos ou impacientes, bonzinhos ou maus, mas muitas vezes, no decorrer da história, um detalhe ou outro não encaixa, como se o próprio personagem definisse como ele é de verdade.

5- Quem foram suas maiores inspirações para escrever o livro?

Não sei dizer ao certo, porque esse livro em especial é a junção de duas histórias. Um que eu tinha escrito, mas emprestei a uma pessoa com quem perdi contato, de onde eu tirei a parte dos três amigos, e o outro que comecei e sem mais inspiração decidi dar um tempo, de onde tirei a parte da vila e da invasão. Um dia quis escrever e pensei nos dois. Fiquei na dúvida de qual deles pegar. Optei pelo primeiro, e como não me lembrava de todos os detalhes me desanimei, além de minha mente não me deixar esquecer do outro. Aí tive a ideia de juntar, e confesso que gostei mais do resultado final. Não tive bem uma inspiração... Eu só queria fazer uma história que falasse sobre amizades e que passasse uma mensagem bem positiva.

6- Nós podemos esperar algum outro livro escrito por você?

Com certeza! Se Deus quiser esse será o primeiro de muitos! Tenho comigo mais dois ou três prontos que pretendo fazer uma revisão para encaminhar a uma editora. E muitas ideias na cabeça! Talvez eu continue um do gênero fatasia que comecei e parei, ressuscitar aqueles super-heróis que inventei...

7- O que você acha da literatura nacional?

A qualidade é extraordinária e não digo apenas dos antigos, mas também dos que têm surgido. Confesso que, infelizmente, li menos livros do que eu gostaria. Tenho acompanhado o surgimento de muitos novos autores maravilhosos que têm tudo para se tornarem autores renomados. Só o que falta é incentivo dos órgãos responsáveis, pois sei que têm muitos que não conseguem lançar suas obras, aguardando uma oportunidade.

8- Para você, os blogs literários ajudam o escritor, ou são apenas um meio de ganhar livros de graça?

O que seria de nós novos escritores sem vocês?! Graças a Deus que existem! É uma maneira espetacular de divulgação, enviar um livro para que leiam e opinem é o mínimo que fazemos em vista da importâcia que isso tem, sei que não só para mim! Só tenho que agradecer a todos, pois nem todo mundo tem ideia do quanto trilhar esse caminho é difícil, e cheio de preconceitos! Que depende de muita força de vontade e fé. Digo "preconceitos" pelo fato da preferência da maioria pelos autores internacionais. Muitos torcem o nariz quando se deparam com a literatura nacional e principalmente autores iniciantes. E achar quem nos valorize é algo edificante.

9- Quais são os seus livros e autores favoritos?

Autor, atualmente gosto de Stephen King. Mas, gosto muito do livro "Grande Sertão Veredas", e os que amo são todos da série "Os Pioneiros" de Laura Ingalls Wilder. Marcaram a minha adolescência.

10- Deixe um recado para seus leitores.

Primeiramente devo agradecer a você pela oportunidade e a todos que acreditaram e acreditam em meu trabalho. Espero que gostem, pois fiz com muito carinho e cuidado para tentar transmitir uma mensagem positiva a vocês. Sei que não agradará a todos, como tudo nessa vida, mas aos que apreciarão, fico muito feliz e lisonjeada por terem se interessado em ler o meu livro! Meu sincero agradecimento.
Mais uma vez agradeço!



Entrevista Blog Balaio
http://balaiodelivros.blogspot.com.br/2012/07/entrevista-com-alane-s-brito-autora-de.html


1- Olá Alane, primeiramente gostaria de dizer que estou muito feliz com a oportunidade de poder entrevistar você. Para começarmos, nos fale um pouco sobre quem é a Alane: É solteira, casada, ajuntada, situação não definida....?

Olá, Vanessa! Garanto a você que mais feliz estou eu! É com muito prazer que responderei às suas perguntas! Bom... Sou casada há oito anos e tenho uma filhinha de quatro.

2- Sua família lê seus livros? Eles te apoiam?

No início não liam, pois eu ficava com vergonha de mostrar... E também, acho que não davam muito crédito, sei lá, que achassem que fosse algo passageiro, uma vez que comecei a rabiscar umas histórias com uns treze anos, por aí. A primeira que levei a sério eu devia ter um quatorze, quando me dei conta de que, se eu quisesse realizar o sonho de ser escritora, eu precisaria mostrar e pedir opiniões... A verdade é que eles queriam que eu me dedicasse mais aos desenhos. Hoje eles apoiam muito mais. Meu esposo foi o primeiro leitor de O Trio, quando ainda estava todo rabiscado no caderno. Coitado.

3- Qual sua cidade natal? Como foi sua infância?

Nasci em Ibotirama, Bahia, mas atualmente moro em Feira de Santana. Minha infância foi a melhor possível! Cidade pequena, liberdade... Muita coisa de O Trio foi inspirada nela! Tirei algumas coisas de nossas viagens à fazenda de meu avô, dos piqueniques que minhas duas irmãs e meus amigos fazíamos à beira de um riacho que ficava a pouca distância de minha casa... Foi quase perfeita!

4 - Qual sua formação?

Eu me formei em Contabilidade no ensino médio. Ainda pretendo cursar Letras... Só estou fugindo por causa dos prováveis estágios em escolas... (eis o motivo de eu ter escolhido Contabilidade a Magistério) 

5- Como você descobriu que gostava de ler e queria ser uma escritora?

Eu passei a gostar de ler por causa de minha mãe, devoradora de livros. Mas como eu estava tão focada com a ideia de crescer e investir mais no ramo de desenhista, não passava em minha cabeça de eu ser escritora, não mesmo. Tanto que eu inventei uns personagens, super-heróis, e fazia quadrinhos com histórias bem longas. Só depois que veio um clic que me impulsionou a escrever outras sem ter que desenha-las, pois dá menos trabalho... Aí não conseguia parar. Escrevia e guardava, sempre acreditando pacientemente que o dia de publica-los chegaria. E graças a Deus chegou.

6- Quais seus autores e gêneros literários preferidos? Tem alguma dica de um bom livro para nós?

Nossa... Sou bem eclética. Mas atualmente tenho gostado bastante da literatura fantástica, sobrenatural... Gosta demais do estilo de Stephen King e sou apaixonada pelos livros de Laura Ingalls Wilder, que não tem nada de sobrenatural, aliás. E indico a série de livros dela!

7- Quanto tempo em média demora para escrever uma história?

Varia bastante. Mas em média posso dizer que só para criar e passar para o papel (no meu caso, primeiro escrevo a mão mesmo), cerca de três a cinco meses. Mas para terminar de fato, já que preciso passar tudo a limpo, revisar umas trezentas vezes (risos), aí leva mais uns três meses ou mais... Até hoje, o livro já publicado, quando eu leio, ainda dá vontade de mudar uma coisinha aqui e ali... No caso de O Trio, eu escrevi e guardei por um bom tempo, por isso que coloco no fim que comecei em 2006 e terminei em 2011, pois foi quando peguei para revisar pra valer. 

8- Você acha que a internet hoje em dia tem ajudado ou atrapalhado a divulgação dos livros?

Graças a Deus que existe internet! Tem sido crucial na divulgação. Não enxergo outra maneira melhor de fazer isso de modo tão eficaz. Não sei como os escritores faziam antigamente! (risos) 

9- E aquela perguntinha que não podia faltar, rsrs: Fale-nos um pouco do seu novo trabalho, como surgiu a inspiração e a emoção de vê-lo publicado:

Tenho respondido a esta pergunta e sempre digo que não foi bem uma inspiração, que foi a junção de duas histórias. Mas acho que no fundo me inspirei em minha infância mesmo... Em todo caso, de fato juntei as histórias. Uma que já estava concluída e emprestei a uma amiga com a qual perdi contato e a outra, foi uma que comecei e não tive ânimo de continuar. Um dia senti vontade de escrever e pensei nelas, mas tive dúvidas de qual pegaria. Até comecei a primeira, mas como não conseguia me lembrar de todos os detalhes, também não tirava a outra da cabeça, foi então que resolvi juntar. Os amigos, tirei da que tinha emprestado, e a Vila e a invasão, tirei da outra.

10-Bom, espero que tenhas gostado da entrevista, eu estou amando poder conhecer você, obrigada pela paciência e tempo dedicados às respostas. Gostaria de deixar um recadinho para nós blogueiros?

Como eu já disse, o prazer é todo meu, Vanessa! Muito obrigada! Amei responder a cada uma delas! E o que tenho a dizer é vocês são muito importantes para nós! Não sei se têm consciência do grau dessa importância! Mas são e espero continuem assim, dando valor à Literatura Nacional, aos escritores iniciantes, precisamos muito de vocês! Que Deus abençoe a todos! Um grande beijo em cada um de vocês!




Entrevista para o blog Um Compulsivo Leitor
http://umcompulsivoleitor.blogspot.com.br/2012/07/papo-literario-alane-s-brito.html

 



1- Quem é Alane S. A. Brito?

É sempre difícil respoder a essa pergunta... (risos) Pois bem... Sou uma pessoa tímida ao extremo, sou casada há oitos anos, tenho uma filhinha de quatro, gosto de gatos, embora tenha um cachorro, amo chocolate, séries, filmes, livros... Fico obcecada por qualquer personagem que me encanta, enfim, não tenho muita coisa para falar sobre mim...

2- Fale um pouco sobre o seu livro "O TRIO".

O livro conta sobre a história de três amigos que vivem numa vila no meio do nada, que também se apaixonam, passam por desilusões, têm seus problemas particulares... Por sofrer uma grande perseguição devido a algumas graves acusações, um deles, em especial, precisa que os outros dois se esforcem a continuarem sendo seus amigos, por isso experimentam  muitas situações em que devem provar o grau dessa amizade. Um dia essa vila é invadida por homens violentos, mas eles conseguem fugir e saem em busca de ajuda para os demais sobreviventes que estão aprisionados. Nessa fuga eles vão ter que encontrar coragem e determinação para terem êxito. O livro é de uma escrita simples, de fácil compreensão, onde tentei mostrar um pouquinho do que seria uma verdadeira demonstração de lealdade e força.

3- De onde surgiu a inspiração para o livro?

Bom... Esse livro foi a junção de duas histórias. Uma, eu tinha terminado, mas emprestei a uma pessoa com a qual perdi contato e a outra, eu comecei e não tive mais ânimo para continuar. Um dia quis escrever algo e lembrei dessas duas histórias, mas fiquei na dúvida de qual pegaria primeiro. Optei por escrever novamente a que tinha emprestado, mas não conseguia esquecer da outra. Aí tive a ideia de juntar as duas. Eu queria escrever algo que falasse de amizade. Então, os três amigos eu tirei de uma, e a vila e a invasão, tirei da outra.

4- As ilustrações do seu livro foram você mesma que fez?

Foi sim. Gosto de desenhar. Embora ainda ache que poderia ter feito melhor...

5- Você teve apoio da família?

Tive sim, meu esposo inclusive foi o primeiro leitor de "O TRIO". Porém, antes, a minha família sempre me empurrou mais para os desenhos. E eu, devagar, insistia com os livros. Mas hoje todos estão me apoiando muito mais.

6- Você pretende seguir carreira de escritora?

Pretendo sim! Se Deus quiser ainda lançarei muitos livros!

7- Já tem algum projeto em andamento?

Estou revisando o primeiro romance que escrevi. Tem muita coisa para arrumar... Pretendo escrever outro que comecei e parei, isso se não surgir mais alguma história nova. E assim vai... Às vezes minha cabeça vira uma bagunça! (risos)

8- Qual foi a parte mais difícil do processo de criação?

Mais difícil?... Acho que decidir o local onde se passaria a história, o título também, só escolhi depois que tinha terminado o livro. E têm algumas coisinhas que devemos ter muita atenção para a história ter coerência, se o clima combina com a região, com a época em que estavam, ter cuidado com algumas expressões que os personagens não poderiam dizer, pois tudo se passa nos anos 40, enfim, tem que se prestar bastante atenção e ler tudo repetidas vezes.

9- O que você acha da literatura nacional?

Acho que vai muito melhor agora, pois estão dando mais valor aos escritores brasileiros, inclusive aos iniciantes. Têm muitos livros de qualidade, e estou me referindo tanto aos clássicos como aos atuais. Só precisamos de um pouquinho mais de incentivo.

10- Deixe um recado para os seus fãs e futuros fãs?

Fãs? Nossa... Isso ainda é muito novo para mim! (risos) Primeiramente devo agradecer a Deus, por tudo em minha vida e a você, Guilherme, por ter solicitado essa entrevista, pelo seu apoio, por seu interesse... Agradeço a todos que me incentivaram com palavras e atos para que esse sonho se tornasse palpável. Espero que cada pessoa que ler meu livro possa retirar dele alguma mensagem positiva, pois o escrevi com muito carinho e cuidado. E que vocês continuem valorizando os autores nacionais, especialmente a nós, iniciantes! Garanto a todos que não se arrependerão, pois têm muita gente boa surgindo! Um grande beijo em todos!


Entrevista pra o site
Interativo News

Sabatina com Alane Brito

Os últimos dias devem estar sendo bem agitados na vida de uma jovem baiana: além de suas atividades onde é desenhista no Blog Ovelha Negra, Alane Brito, que atualmente mora em Feira de Santana, esta prestes a lançar o seu primeiro livro.
Da Redação

Apesar de toda correria, ela dedicou um pouco do seu tempo à nossa Sabatina. Alane, que saiu da cidade de Ibotirama muito cedo, encantou nossa equipe, que, já fã do livro antes mesmo de sua publicação, adorou conhecer um pouquinho mais sobre essa moça simpática, inteligente e sensível. Leia a entrevista e descubra "o que é que a baiana tem".
Gostaríamos de começar com a tua história de vida.

Como se deu a tua ida para o Feira e o teu primeiro contato com os livros?

Primeiro eu quero agradecer a oportunidade, Ricardo. Espero que eu consiga ser bem clara em minhas respostas e tentar ser breve (difícil).
Bom... Minha vida não daria um livro muito interessante, eu acho (risos). Sou muito tímida, a segunda de seis irmãos e até hoje brinco que, de todos, quase ninguém se lembra de quem é a segunda filha de “Tonho de Milú” e Suely, em Ibotirama. Nunca fui muito popular ou comunicativa, enfim... Hoje tento mudar essa realidade. Estudei até a quarta série no Pequeno Príncipe e da quinta até me formar em Contabilidade, no Colégio Cenecista de Ibotirama.
Meu primeiro contato com os livros, graças a Deus, se deu através de minha mãe, que lia um livro atrás do outro, de gêneros variados. Mas não me apaixonei de cara não, eu gostava mesmo era de ouvi-la contando as histórias deles, especialmente dos de terror.

Como foi o início de Alane Brito na literatura?

Sempre gostei de escrever. Amava fazer cópias na escola, principalmente as mais longas. Meu início foi meio que sem muitas ambições. Eu passava horas pensando em histórias, até que, num momento qualquer, percebi que podia vê-las no papel. Rabisquei uma historinha simplória, logo depois dei início aos quadrinhos. Criei até uns personagens que pretendo ressuscita-los um dia. A questão era que a minha família me empurrava para os desenhos e eu corria para a escrita, sonhando sempre. Depois larguei os quadrinhos e passei a escrever apenas. Eu ignorei muitos manuscritos... O primeiro que dei uma maior atenção foi um romance que, anos mais tarde fiz uma nova versão. Aí fui criando outros e guardando, esperando o momento de tentar publica-los.

Houve, nas comunidades onde vocês se instalaram, alguma resistência, algum tipo de preconceito por querer ser escritora?

Não. Na verdade até recebiam com uma surpresa positiva. Só que eu não era de falar para todo mundo a respeito. Sempre tratei disso como algo muito particular, afinal, tudo tinha saído do mais profundo de meu íntimo. Claro que sempre tive o sonho de publica-los, mas ficava sem jeito de tocar no assunto para não parecer que eu estava querendo me gabar...

E na tua família havia uma cultura do livro, ou ele se dá mais tarde na tua vida?

Como eu já mencionei, tudo se deu graças a Deus, claro, e a minha mãe, que ama literatura. Eu nunca vi alguém ler mais rápido que ela, por sinal. Em casa, em Ibotirama, tem montes de livros.

É possível supor que, pelo fato de seres um devoradora de livros, o interesse pela escrita se dá de uma forma quase natural. Quando começas a escrever e perceber que o que escrevias tinha qualidade? E como se dá o processo que leva à publicação dos teus textos?

Confesso que li menos livros do que eu gostaria. Sou muito seletiva e isso acaba estragando, às vezes, a oportunidade de conhecer boas histórias. Bom... Quando o que eu estou escrevendo me conquista, aí, pelo menos para mim tem qualidade. Mas eu procuro enxergar com os olhos de outras pessoas, se isso ou aquilo está exagerado, ou bobo, enfim... Quando terminava e tinha a oportunidade de mostrar a outras pessoas, elas geralmente gostavam também. O TRIO será o primeiro a ser publicado. Foi o último que escrevi, mas o primeiro que enviei a uma editora e graças a Deus, foi na primeira tentativa. Preenchi uma ficha de inscrição, dois dias depois foi aprovada e pediram para eu enviar o manuscrito. Após cinco dias eu soube que tinham interesse de publica-lo.

Além dos blogs, quais as outras fontes de acesso à literatura? Havia bibliotecas ou outras fontes para sua inspiração para a escrita?

Eu sou do tipo “à moda antiga”. Só agora eu descobri esse mundo digital, o que eu gosto mesmo é de pegar uma boa enciclopédia. E para a inspiração vir à tona muitas vezes basta uma cena, uma frase, um gesto, um olhar... Parece que algo borbulha na cabeça e muitas cenas começam a girar, até que vira um livro inteiro.

Quais os motivos para a mudança de cidade?

Isso já faz dez anos... Na época eu não enxergava muitas oportunidades em Ibotirama, especialmente por conta desse meu sonho (mesmo que oculto) de publicar meus livros. Eu vim mesmo para estudar, só que comecei a trabalhar, aí casei e dei uma estacionada. Mas o curso superior ainda está em meus planos, eu só não decidi ainda o que fazer...

Como surgiu a ideia de escrever o livro O Trio?

Bom... Na verdade O TRIO é a junção de duas histórias. Uma eu já tinha concluído, mas emprestei a uma ex-colega de trabalho e perdi o contato com ela, a outra eu tinha começado e parei, por ter perdido o interesse. Um dia senti vontade de iniciar um novo projeto e lembrei-me dessas histórias. Porém fiquei na dúvida de qual delas pegaria. Até tentei reescrever a que estava pronta, todavia não me recordava de todos os detalhes, além da segunda parecer me atrair mais. A solução que achei foi juntar as duas e confesso que gostei mais do resultado. Peguei os personagens da primeira e joguei na segunda.

De que se trata a história?

Trata da vida de três amigos: Davi Guerrato, Nelson Beltrame e Jordan Merkel, que têm muita coisa em comum e cresceram numa vila no meio do nada. E como todo mundo em todo lugar, independente do tamanho, passam por decepções amorosas, traições, perigos... O principal fato talvez seja os problemas de Jordan, que devido a alguns motivos ele se torna o principal suspeito de cometer vários delitos na vila, inclusive o que acaba tirando a vida de seus próprios pais. É desprezado e proibido de participar das atividades da vila. Seu caráter é questionado durante toda a história. Enquanto isso, Davi e Nelson tentam ajuda-lo e vivem uma “batalha” pelo amor da mesma menina, procurando manter a amizade entre eles. O pior momento para ambos, eu creio que seja a invasão da vila pelos “Selvagens”. Um pequeno grupo consegue fugir e se esconder numa gruta. Quase todos estão mortos, mas descobrem que existem sobreviventes ainda. Então se dão conta de que precisam juntar forças com seus desafetos para buscar ajuda. Mas, antes disso, têm que escapar com vida de seus sanguinários perseguidores.
O TRIO é uma história de escrita simples, de fácil interpretação, que fala de amor ao próximo, perdão, novas chances, enfim...

Qual o público alvo do livro?

Quero atingir o público jovem. Mas isso não quer dizer que o pessoal mais velho não vai se agradar. Minha mãe quem o diga (risos).

Quais fontes utilizou para a escrita do livro, e se foi natural qual a sua inspiração?

Bom... Como são duas histórias juntas é difícil dizer... Gosto de criar os ambientes, inventar as cidades, para não cometer erros e pela liberdade de falar o que eu quiser delas. Eu pretendia falar sobre coisas boas, uma história relaxante, que não dá trabalho para ser entendida. Eu tenho me incomodado com a maioria das de hoje, que são muito pessimistas, que induzem à vingança, à rebeldia... Pois bem... Faço romances, mas gosto de jogar o casal numa situação em que o ponto principal não seja exclusivamente a relação entre um homem e uma mulher... É isso, acho que vai saindo naturalmente.

Qual a editora que irá lançar e qual a satisfação de ter trabalhado com a tal?

Editora Novo Século, com o selo Novos Talentos. Ela representa aqui no Brasil a série House of Nigth, que fiquei sabendo que vai virar filme. Até então estou gostando muito, pois eles tratam da revisão, divulgação, capa, etc... As pessoas que estão entrando em contato comigo são muito atenciosas e simpáticas. Estou muito satisfeita, especialmente pelo prestígio que eles têm. Se tem alguém interessado em editar um livro é só entrar no site, preencha a ficha de inscrição e analise as condições lá citadas.

Qual a repercussão que espera, após o lançamento do livro, pretende dar continuidade ao gênero, ou irá lançar livros de outras diretrizes?

Eu sou bem pé no chão. Claro que às vezes me permito flutuar um pouquinho (risos). Sem dúvidas eu gostaria que meu livro fosse bem recebido, que todos os volumes sejam vendidos e que haja reimpressões... Com certeza desejo tudo de bom! Eu sei que muitos irão torcer o nariz, mas faz parte. Não dá para agradar a todo mundo.
Pretendo sempre escrever romances, mas buscando encaixar isso a histórias que não tratam exclusivamente do amor entre os casais (a não ser o próximo que pretendo publicar). Vai depender do que me inspirará no momento. E isso quer dizer que pode aparecer um do gênero fantasia, quem sabe?...

Quais os projetos que tem em mente para serem lançados futuramente?

Tenho alguns livros já prontos, que irei só revisar. Se Deus quiser, o próximo, já mencionado, é o primeiro romance de fato que escrevi com quatorze ou quinze anos. Aos dezenove fiz a nova versão. Depois terá um mais ou menos do mesmo estilo de O TRIO. Depois de fazer isso, acho que vou largar os prontos por enquanto e tentar continuar um que comecei e parei ou iniciar outro. É difícil decidir...

Em relação ao mundo editorial, as editoras finalmente estão deixando um pouco de lado os escritores internacionais e se voltando para os nacionais. Na sua opinião, foi o interesse crescente dos leitores brasileiros pelos autores nacionais ou algo mais?

Para mim, Ricardo, e pelo que eu tenho me informado, eu acho que as editoras ainda têm preferência pelos livros internacionais, uma vez que eles já chegam ao Brasil bem requisitados e a certeza de bons lucros é bastante evidente. Aqui é muito difícil achar um lugarzinho nesse mundo, especialmente para quem está começando. Há muito mais novos escritores do que possamos imaginar aguardando uma chance. O que fiquei sabendo é que muitos dos manuscritos enviados às grandes editoras ficam numa pilha intocada e quando os autores recebem uma resposta (quando recebem) na grande maioria das vezes nem foi analisada. Graças a Deus existem editoras que estão abrindo uma brechinha para nós, iniciantes. É só dar uma pesquisada para descobrir. E realmente a quantidade de leitores está aumentando. Mas eu acredito que o que ajudou foram os lançamentos internacionais, não desmerecendo os autores nacionais, que também têm muito talento. Garotos e garotas que não tocavam num folheto, passaram a descobrir aí o prazer de mergulhar numa boa história.

Quais as suas considerações finais, e o que você espera daqui para frente, agora que está prestes a lançar o seu livro?

Mais uma vez agradeço a oportunidade e o interesse, Ricardo. E peço aos leitores que deem chances aos novos escritores, têm muita gente boa surgindo e que não conseguem um bom resultado por conta do preconceito, pela preferência pelos autores renomados. Qualquer coisa, entrem no Blog A Ovelha Negra, de Liliana Lacerda, e encontrem lá boas sugestões e resenhas de livros brilhantemente redigidas.
Tomara que O TRIO seja do agrado de vocês e não deixem de conferir o blog do livro, só para terem uma noção melhor da história desses três amigos aventureiros.
Espero em Deus, que em breve eu possa falar também dos próximos livros que lançarei!
Um grande abraço em todos!

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